No dia 26 de abril, acontecerá o I Simpósio de Câncer de Colo Uterino, no auditório Censi Florense do Hospital Geral. O encontro, que já está com as vagas esgotadas, inicia às 8h, e tem a realização das equipes: da UNACON, Ginecologia e Infectologia do HG. É direcionado para profissionais das diferentes áreas envolvidas no atendimento de pacientes com câncer de colo uterino. No evento haverá a discussão de casos com profissionais conceituados, que discorrerão sobre epidemiologia, diagnóstico e tratamento da doença.
O câncer de colo uterino apresenta elevada incidência e mortalidade, e tem se tornado relevante problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento, onde representa o segundo tipo de câncer mais incidente e a terceira principal causa de morte por câncer entre as mulheres. No Brasil, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano de 2018, foram esperados 16.370 novos casos de câncer de colo de útero, com risco estimado de 15,85 novos casos a cada 100 mil mulheres. Na Região Sul, o câncer Colo Uterino representa a quarta neoplasia mais frequente, com 15 novos casos estimados para cada 100 mil mulheres. No Hospital Geral, conforme a médica oncologista da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do HG, durante o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2018, foram diagnosticadas e tratadas 205 pacientes, sendo que destas, 80% já estavam em estágios avançados da doença, ou seja EC III ou IV. “Por estas pacientes chegarem em estágios avançados ao serviço de oncologia, a nossa mortalidade é altíssima, aproximadamente 50% da nossa população evolui ao óbito em até 3 anos, por isso a prevenção é muito importante” - complementa a oncologista.
Apesar destes índices, historicamente há um declínio no número de mortes por câncer de colo uterino, em virtude, principalmente, da realização do exame preventivo - citopatológico de cérvice uterina, que detecta a presença de lesões precursoras. Segundo a médica Infectologista do HG – Lessandra Michelin, outra forma de prevenção acontece na atenção primária, mediante a vacina contra o HPV para crianças a partir de 9 anos. Atualmente duas vacinas são disponibilizadas, a bivalente e a quadrivalente (que é disponibilizada na rede pública). Estudos recentes realizados na Escócia demonstraram que a vacina reduz a incidência de lesões pré-cancerosas de alto risco em até 89% de pacientes vacinadas.
