Representantes da gestão da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), da reitoria da UCS e do Hospital Geral aproveitaram a presença, em Caxias do Sul, de mais um integrante da bancada gaúcha no Congresso nacional para solicitar apoio na obtenção de recursos visando para a manutenção do HG e para a conclusão das obras de ampliação do estabelecimento, paralisadas desde dezembro de 2016.
Nesta segunda, 9 de abril, antes da reunião-almoço da CIC na qual foi palestrante, o deputado federal Afonso Hamm (PP) reuniu-se, no HG, com os diretores Sandro Junqueira, Alexandre Avino e André Reiriz, com o diretor executivo da FUCS, Gilberto Chissini, e com o reitor da UCS, Evaldo Kuiava. Mediante a apresentação de um relatório de serviços e resultados do hospital, o parlamentar recebeu dos gestores o pedido de intermediação, junto aos colegas do Congresso e aos órgãos federais, da demanda por recursos, entre outras.
Em seguida, na CIC, Hamm recebeu um documento com o relato da situação financeira da instituição, acompanhado do pedido de atuação para a captação de R$ 8,5 milhões para cobrir o déficit previsto para este ano e de outros R$ 10 milhões para o término da construção. A entrega foi feita pelo reitor Evaldo Kuiava, pelo presidente do Conselho Diretor da FUCS, José Quadros dos Santos, e pelo presidente da CIC, Ivanir Gasparin. Solicitação semelhante foi feita, em 15 de abril, ao presidente da Assembleia Legislativa, Luis Augusto Lara (PTB), e aos deputados estaduais Pepe Vargas (PT) e Neri, o Carteiro (SD), e, no dia 1º de abril, ao deputado federal Marcel van Hattem (NOVO).
Ampliação de leitos – No ofício, FUCS, UCS e HG informam que, em virtude da crescente demanda da região, o Plano Diretor do HG elaborado em 2009, projetou a ampliação de 70% da área física e de 60% da capacidade assistencial do estabelecimento. Assim, as obras, iniciadas em 2014, pretendem aumentar em 128 o total de leitos (87 de internação e 41 de UTIs adulto, pediátrica e neonatal), passando dos atuais 227 para 355 (sendo 275 de internação e 80 de UTIs). O projeto de ampliação aprovado pela Vigilância Sanitária do Estado tem um orçamento total de R$ 39,7 milhões, sendo R$ 18 milhões referentes à ampliação física e o restante a equipamentos e reestruturação interna.
Perspectiva de déficit – A receita do HG, atualmente, fica em torno de R$ 8 milhões por mês, sendo R$ 4,7 milhões repassados pelo SUS, pelos serviços prestados, e R$ 3,3 milhões pelo Estado. Apesar disso, o déficit mensal atinge cerca de R$ 900 mil mensais, gerando a perspectiva de R$ 8,5 milhões para o ano. Os serviços são mantidos graças à realocação de recursos, pela FUCS, que faz a gestão do hospital por delegação do governo do Estado e também é mantenedora da UCS, do Centro de Teledifusão Educativa (Cetel), o do Centro Tecnológico Universidade de Caxias do Sul (Cetec).
Segundo o diretor geral do HG, Sandro Junqueira, a situação se agrava desde 2015, devido à diminuição dos repasses pelo Estado e pelo município (este vetado a partir de 2017 pelo prefeito Daniel Guerra). Em 2017 a FUCS chegou a injetar R$ 7 milhões no HG para cobrir o déficit, evitando o fechamento de leitos e a diminuição dos serviços.
Foto: Raquel Carvalho/divulgação CIC