No dia 1º de dezembro, é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A equipe do Serviço de Infectologia do HG promoveu uma ação para orientação e de alerta para a prevenção da doença. Na ocasião foram distribuídos preservativos e material informativo.
Criado em 1987, o Dia Mundial de Luta contra a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) existe para alertar a humanidade para um dos maiores problemas de saúde pública, que já matou mais de 35 milhões de pessoas, 1 milhão delas somente em 2016.
Segundo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado nesta quinta-feira (30), a ampliação do acesso a todas as opções de prevenção ao HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) poderia reduzir o número de novos casos do vírus na América Latina e Caribe, que desde 2010 se mantêm em 120 mil por ano. Um fato que chama a atenção é o aumento de infecção entre os jovens: um terço das novas infecções ocorre em pessoas de 15 a 24 anos.
Prevenir
A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir. Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da Aids.
Acompanhamento durante a gravidez
Toda mulher grávida deve fazer o pré-natal e os exames para detectar a Aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão dessas doenças da mãe para o filho. A testagem para o HIV é recomendada no 1º e no 3º trimestre da gestação. No caso das gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do Teste Rápido para HIV. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos para prevenir a transmissão para o feto. Recebem, também, o acompanhamento necessário durante a gestação, o parto e a amamentação. Para minimizar o risco de transmissão, o recém-nascido também deve fazer uso do mesmo medicamento. A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, por meio do leite materno. A mãe que tem o vírus não deve amamentar o bebê, sob risco de transmissão da doença para o seu filho. É orientada a suspensão da amamentação e a inibição da lactação.
Cuidados com a higiene
Além de usar camisinha em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas e outros objetos que furam ou cortam. Como o HIV e alguns vírus causadores de hepatite estão presentes no sangue, há risco de infecção a cada vez que se divide seringas, agulhas, alicates ou qualquer outro produto que corte ou fure. Por isso, também recomenda-se: exigir material esterilizado ou descartável nos consultórios médicos, odontológicos e de acupuntura; exigir material esterilizado ou descartável nas barbearias e nos salões de manicure/pedicure - o ideal é que cada pessoa tenha o seu kit de manicure/pedicure, composto de: tesourinha, alicate, cortador de unha, lixa de unha, lixa de pé, empurrador/espátula, palito, escovinha e toalha; exigir material esterilizado ou descartável nos locais de realização de tatuagens e colocação de piercings.
Fonte: Ministério da Saúde