O Dia Mundial do Rim é comemorado anualmente na segunda quinta-feira do mês de março. A data foi idealizada pela International Society of Nephrology (ISN) e tem por objetivo aumentar a conscientização sobre a crescente presença de doenças renais em todo o mundo e a necessidade de estratégias para a prevenção e o gerenciamento dessas doenças.
Confira algumas dicas e informações que vão ajudar você a cuidar melhor da sua saúde renal:
Afinal, para que servem os rins?
Os rins desempenham diversas funções muito importantes para o nosso corpo, dentre elas estão a função de limpar todas as impurezas e toxinas do organismo, regular a água e manter o equilíbrio das substâncias minerais, liberar hormônios para manter a pressão arterial regular e ativar a vitamina D, que mantém a estrutura óssea.
Uma das doenças renais mais conhecidas é a Insuficiência Renal, que caracteriza-se pela condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar essas funções básicas. A insuficiência pode ser aguda (quando ocorre súbita e rápida perda das funções) ou crônica (quando essa perda é lenta, progressiva e irreversível).
Quais são as principais causas da Insuficiência Renal?
Dentre as causas mais comuns da Insuficiência Renal Aguda, pode-se encontrar choque circulatório, sepse (infecção generalizada), desidratação, queimaduras extensas, excesso de diuréticos, obstrução renal, insuficiência cardíaca, entre outros.
Já a Insuficiência Renal Crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes.
Como o rim é um dos responsáveis pelo controle da pressão arterial, quando ele não funciona adequadamente há alteração nos níveis de pressão. A mudança dos níveis de pressão também sobrecarrega os rins. Portanto, a hipertensão pode ser a causa ou a consequência da disfunção renal, e seu controle é fundamental para a prevenção da doença.
Já a diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins, interferindo no funcionamento destes órgãos, que não conseguem filtrar o sangue corretamente. Mais de 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolvem insuficiência renal.
Outras causas são: nefrite (inflamação dos rins), cistos hereditários, infecções urinárias frequentes que danificam o trato urinário e doenças congênitas.
Quais são os sintomas:
A progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Por isso, muitas vezes, a doença não manifesta sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins, com perda de até 90% de sua função. Nesses casos, os sinais são:
– aumento do volume e alteração na cor da urina;
– fadiga;
– dificuldade de concentração;
– diminuição do apetite;
– sangue e espuma na urina;
– incômodo ao urinar;
– inchaço nos olhos, tornozelos e pés;
– dor lombar;
– anemia;
– fraqueza;
– enjôos e vômitos;
– alteração na pressão arterial.
Como se dá o diagnóstico?
A disfunção renal pode ser identificada por meio de dois exames: um de análise da urina e outro de sangue. O primeiro identifica a presença de uma proteína (albumina) na urina, e o exame de sangue verifica a presença de outra, a creatinina.
Como é realizado o tratamento?
Não existe cura para a doença renal crônica, embora o tratamento possa retardar ou interromper a progressão da doença e impedir o desenvolvimento de outras condições graves. A insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal, como terapêutica definitiva de substituição da função renal.
E quais as melhores alternativas para a prevenção?
O primeiro passo é prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal.
– conhecer o histórico de doenças da sua família;
– controlar os níveis de pressão;
– realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos;
– seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar;
– controlar seu peso;
– exercitar-se regularmente;
– não fumar;
– se fizer uso de bebidas alcoólicas, que seja de forma moderada;
– monitorar seus níveis de colesterol;
– evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.
Fonte: Ministério da Saúde